Há pessoas que carregam tanto os outros nas costas que depois de um certo ponto começam a andar devagarinho, sentem-se fatigadas, sem ânimo às vezes para enfrentar o dia. Elas evitam os espelhos, evitando a própria imagem, que já não amam ou mesmo nunca aprenderam a amar. Acontece até de sorrirem da porta para fora, para dar aos outros uma boa imagem, que é o que conta muito na sociedade, mas quando fecham-se nos seus quartos já não podem evitar as lágrimas, porque até fazer de conta que se é feliz acaba por cansar.
É corajoso viver pelos outros, proporcionar-lhes felicidade, conforto, reconforto, calor. É nobre e faz parte dos caminhos e das curvas de cada um. Mas como oferecer aos outros uma força que já não possuímos? Como oferecer a alegria se ela nos parece apenas uma máscara que colocamos quando saímos de casa? E a paz, a serenidade, isso nem mesmo podemos fingir, porque nossos olhos nos traem.
Não podemos cuidar dos outros e esquecer-nos de nós. A felicidade dos outros não está do outro lado da balança, de maneira que à medida à que a delas crescem, a nossa diminui. Por isso não podemos aceitar tudo, como mártires, numa atitude heróica onde seremos sempre os perdedores.
Cada um de nós é uma estrela nesse imenso universo. Umas maiores que as outras, fazemos parte da mesma constelação, merecemos o mesmo cuidado e a mesma atenção. E se uma estrela se perde, é sempre uma luz a mais que se apaga. Temos que aprender a brilhar.
Não há melhor presente que você possa oferecer aos outros que a paz que você carrega consigo. Não há alegria maior para aqueles que te amam de ver sua felicidade, participar dela. Por isso, cuide-se!!! Faça por você mesmo aquilo que faria pela pessoa mais querida ao seu coração. Mesmo que você não seja perfeito, por que ninguém o é, você merece consideração, respeito, amor. Você merece sim e a primeira pessoa que deve pensar nisso é você mesmo. Os outros te seguirão, tenha certeza disso!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
POR QUE AS PESSOAS SOFREM
A netinha pergunta a vovó:
- Vovó, por que as pessoas sofrem?
- Como é que é ?
- Por que as "pessoas grandes" vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com alguma coisa ?
- Bem, minha filha, muitas vezes, porque elas foram ensinadas a viver assim.
(silêncio)
- Vó...
- Oi...
- Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal?
Não consigo entender.
- Por que elas não percebem que não foram ensinadas a serem infelizes, e não conseguem mudar o que as torna assim.
Você não está entendendo, não é, meu amor?
- Não, Vovó.
- Você lembra da historinha do Patinho Feio?
- Lembro.
- Então... o patinho se considerava feio porque era diferente de todo mundo.
Isso deixava-o muito infeliz e perturbado, tão infeliz que um dia ele resolveu ir embora e viver sozinho.
Só que o Lago que ele procurou para nadar tinha congelado, e estava muito frio.
Quando ele olhou para seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne.
E assim se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre.
(mais silêncio)
- O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas?
- Bem, quando nascemos, somos separados de nossa "natureza-cisne".
Ficamos como patinhos, tentando caber no que os outros dizem que está certo e passamos muito tempo tentando
virar patos.
- É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas?
- Isso! Viu como você é esperta?
- Então é só a gente perceber que somos cisnes que tudo dá certo?
(engasgou)
- O que foi vovó?
- Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil assim.
Você lembra o que o patinho precisava fazer para se enxergar?
- O que?
- Ele primeiro precisava parar de tentar ser um pato.
Isso significa parar de tentar ser quem a gente não é.
Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar.
- Por isso ele passou muito frio, não é, vovó?
- Passou frio e ficou sozinho no inverno.
- É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo?
- Como é, minha filha?
- Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele.
Outro dia ele estava chorando no banheiro... (emudeceu durante algum tempo).
Essas crianças...
- Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato?
- Todos nós somos, querida.
- Ele vai descobrir quem ele é de verdade?
- Vai, minha filha, vai.
Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir, nem esperar que o espelho venha até nós.
Temos que procurar ajuda até encontrarmos.
- E aí, viramos cisnes?
- Nós já somos cisnes.
Apenas não deixamos que o cisne venha para fora, e tenha espaço para viver.
(A menina deu um pulo da cadeira).
- Aonde você vai?
- Vou contar para o papai, o cisne bonito que ele é.
A boa vovó apenas sorriu!
Que um dia possamos descobrir o BELO CISNE que existe dentro de nós.
Que possamos evangelizar e mostrar que somos filhos amados de DEUS.
EVANGELIZE!!!
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